O prédio está abandonado há alguns anos e vem sendo inutilizado pelo Governo do Estado. |
Há alguns anos, prédios públicos de posse do
Governo do Estado estão esquecidos pelo poder público e, atualmente, se
encontram em estado de ruínas, coberto por vegetação e sem utilização. Um
exemplo é o prédio onde funcionaria a Ceasa em Mossoró, que está completamente
abandonado.
A reportagem do JORNAL DE FATO
foi até o local e encontrou um prédio que, aparentemente, está em bom estado
físico, mas não é utilizado para nenhuma finalidade. Como está inutilizado, o
prédio está coberto por uma vegetação alta, dificultando o acesso em algumas
áreas do prédio.
Esse prédio fica localizado no
antigo Centro Integrado de Mossoró, ao lado de onde hoje funcionam o Instituto
de Assistência Técnico e Extensão Rural (EMATER-RN) e o Instituto de Defesa e
Inspeção Agropecuária (IDIARN). De acordo com as informações repassadas por um
vigilante que estava no local onde fica a Emater, o prédio ao lado foi
totalmente esquecido pelo poder público e não é utilizado há alguns anos.
Ele disse ainda que a última
informação que teve conhecimento é de que naquele local funcionaria a Ceasa,
mas que nada foi feito até o momento. “Disseram que iam instalar a Ceasa aí,
mas até agora não fizeram nada, e o que tem aí é o que vocês podem ver: muito
mato e o prédio abandonado”, disse o vigilante, que preferiu não se
identificar.
O que chamou a atenção da
reportagem é o fato de o prédio estar localizado ao lado da Faculdade de
Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), que conta com
um fluxo contínuo de pessoas. A alta vegetação do local aumenta o risco do
aparecimento de animais peçonhentos no local. Inclusive, de acordo com as
informações do vigilante, uma parte de onde fica a área da Emater foi doada à
universidade, onde funcionam alguns ambulatórios.
Além dos estudantes, professores
e pacientes da Faculdade de Medicina, a vegetação pode trazer riscos também
para os servidores da Emater e do Idiarn que cumprem expediente no local, devido
à proximidade entre os prédios. A reportagem não conseguiu falar com ninguém
que trabalha nesses institutos, mas conversou com pacientes que aguardavam
atendimento na Faculdade de Medicina.
Mesmo não querendo comentar
profundamente sobre o assunto, algumas pessoas falaram que o matagal que está
próximo ao local atrai perigo para os que estão trabalhando ou aguardando
atendimento. “Acho que não conseguiria trabalhar aqui não. Deve aparecer cobra,
rato, aranha e muita formiga por aqui”, disse uma senhora que aguardava
atendimento.
Outra questão que foi averiguada
pela reportagem é que até mesmo o prédio onde funciona a Emater e o Idiarn
estão com problemas nas estruturas. É possível ver as rachaduras e a vegetação
alta em alguns pontos. Devido o matagal, fica difícil a identificação do local,
que também está com a placa danificada.
“O mato está em quase todo lugar.
A parte que está melhor cuidada é a que foi doada para a faculdade e eles
cuidam do espaço. Mas o lado desse prédio que ia ser a Ceasa faz muitos anos
que não limpam e o matagal está tomando conta. É um perigo para a gente que
fica aqui o dia todo”, comentou o vigilante do local.
A reportagem entrou em contato
com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, que averiguou a competência
do prédio em questão. De acordo com as informações repassadas pela assessoria,
o prédio pertence à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca
(SAPE). No entanto, não foi confirmada a pretensão de instalar a Ceasa no local
e nem souberam precisar o tempo que o prédio está sem utilidade.
Ainda conforme a nota que foi
enviada para a reportagem, já está tramitando um processo de cessão da Sape
para a Emater-RN, que reformará o prédio para funcionamento dos seus
escritórios, regional e local, e também do Idiarn. Enquanto esse processo não é
concluído, os moradores da região e as pessoas que frequentam o local continuam
convivendo com a vegetação completamente fechada, trazendo risco de proliferação
de doenças e de atrair animais peçonhentos.
Defato.com
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