Benes Leocádio Júnior, filho de Benes Leocádio, foi morto a tiros em Natal — Foto: Reprodução/Facebook |
O adolescente de 16 anos que
participou do assalto que terminou com a morte do estudante Benes Leocádio
Júnior, filho do ex-prefeito de Lajes Lajes Benes Leocádio, e que foi posto em
liberdade assistida na quarta-feira (12) por determinação da Justiça, voltou a
ser apreendido na manhã desta sexta (14). Segundo o Ministério Público, a
apreensão foi concedida porque surgiram vagas de internação no sistema
socioeducativo, o que não existia na quarta.
O menor foi encontrado pelo
Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), com apoio do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – órgão do Ministério Público
do Estado. Ele estava em uma casa na comunidade Paço da Pátria, na Zona Leste de
Natal, e foi encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente
Infrator (Ciad). Durante a operação para a apreensão, um rapaz atirou contra os
policias militares, houve revide e ele acabou morto", afirmou o tenente
Dastaev Gomes, da assessoria de comunicação da Polícia Militar.
Uma pistola e drogas foram apreendidas com o suspeito — Foto: PM/Divulgação |
Ferido, o rapaz ainda foi
socorrido pelos policiais do BPChoque, mas não resistiu. Uma pistola e drogas
foram apreendidas com o suspeito.
A liberdade
Quando o adolescente foi solto, o
juiz Homero Lechner, da 3ª Vara da Infância e da Juventude, explicou que teve
que conceder a liberdade ao acatar parecer do próprio Ministério Público, que
indicou que o adolescente apreendido participou somente do roubo, e não do
assassinato de Benes e nem de Mateus da Silva Régis, de 17 anos, que seria o
outro assaltante. Benes e Matheus morreram durante a abordagem policial, que
trocou tiros com os menores que haviam roubado o carro do ex-prefeito levando
Benes Júnior como refém.
O MP disse que também havia
pleiteado a internação provisória do adolescente, pelo menos até o prazo somado
de 45 dias até que fosse expedida a sentença do processo, em virtude da
abertura de novas vagas. “O pedido baseou-se na abertura de 18 novas vagas no
sistema socioeducativo, desinterditadas pela Justiça de Parnamirim e de
Mossoró. Dessa forma, a decisão que soltou o adolescente na quarta-feira (12)
foi reformada”, afirmou o MP.
O Ministério Público também
argumentou que a sentença deveria ser reformada em virtude das vagas surgidas,
ressaltando que o menor não merece ser libertado porque, mesmo não tendo ele
participado diretamente da morte do estudante, de certa forma colaborou para
que isso acontecesse.
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G1/RN
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