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Representantes de policiais e bombeiros militares do RN se reuniram com os representantes do Governo para tentar chegar a um acordo (Foto: Thyago Macedo/Sinpol) |
Os policiais e bombeiros militares
do Rio Grande do Norte aceitaram a proposta do Governo do Estado para encerrar
a greve, iniciada no dia 19 de dezembro. A formalização do fim da greve deve
acontecer após assembleia da categoria prevista para a manhã desta quarta-feira
(10).
"Os policiais já definiram
para não manter o movimento e em contrapartida o governo se comprometeu a dar
condições de trabalho. A categoria já decidiu à unanimidade o retorno nas
atividades e estamos apenas colocando no papel", afirma Roberto Campos,
presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM.
Mais cedo, os policiais civis já
haviam anunciado que retomariam o trabalho. Delegados, agentes e escrivães
estavam em greve desde o dia 20 de dezembro.
Representantes do Poder Executivo
se reuniram com os representantes das associações de policiais e bombeiros
militares nesta quarta-feira (9), para tentar chegar a um acordo.
O Executivo redigiu um Termo de
Ajustamento de Gestão com as propostas para os servidores, com o objetivo de
acertar com eles as medidas que serão adotadas para que os policiais e
bombeiros retornem ao trabalho.
Os policiais militares querem a
garantia do Governo do Estado de não abrir nenhum processo administrativo ou motivar
qualquer sanção à categoria; o pagamento integral do salário de dezembro aos
ativos, reservistas e pensionistas no dia 12 de janeiro; a disponibilização de
verbas federais para investimento em infraestrutura; o aumento do vale
alimentação de R$ 10 para R$ 20, bem como o reajuste da diária operacional, que
era R$ 50, para R$ 107,15. Além disso, o Governo se comprometeu com a chegada
de 50 novas viaturas para os batalhões da Polícia Militar.
Greve
Os policiais reivindicavam o
pagamento dos salários e melhores condições de trabalho. Dentre as dificuldades
apontadas pelos PMs, estão a precariedade das viaturas, falta de munições e
coletes à prova de balas vencidos. No dia 4 de janeiro, os policiais militares
entregaram um documento com 18 reivindicações ao comando da Polícia Militar e
ao governo do estado.
No dia 6 de janeiro, o governador
decretou calamidade na Segurança Pública. Segundo ele, o decreto iria facilitar
a compra de equipamentos que melhorem as condições de trabalho dos policiais.
Durante a greve, a onda de
violência aumentou no estado, principalmente na capital. Foram registrados
vários roubos e arrombamentos.
A Força Nacional foi acionada e
100 homens foram enviados ao RN. Além disso, o governo federal enviou, no dia
30 de dezembro, 2,8 mil homens das Forças Armadas para reforçarem o
patrulhamento das ruas. A permanência das Forças Armadas no RN termina dia 12
de janeiro.
G1/RN
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