A rede de agências bancárias está
encolhendo no Brasil e deixando cidades do interior sem atendimento presencial.
Com foco na expansão de canais digitais, os bancos vêm fechando agências em
diversos municípios. Nos últimos 2 anos, mais de 100 cidades deixaram de ter
qualquer dependência bancária, segundo dados do Banco Central.
Dos 5.588 mil municípios
brasileiros, 352 não tinham canais de acesso direto aos bancos no final de 2016
– maior número desde 2010. O volume vem crescendo desde 2013. Em 2014, eram 241
cidades sem estruturas bancárias; em 2015, eram 300. Veja gráfico abaixo
Em geral, são cidades bem
pequenas, com menos de 5 mil habitantes e pouca circulação de dinheiro. Nestes
municípios, os únicos canais de acesso aos serviços financeiros são as
lotéricas, os Correios, cooperativas de crédito ou estabelecimentos comerciais
que atuam como correspondentes bancários. Porém, há limite para saques e
pagamentos de boletos. Isolados, os moradores são obrigados a viajar
quilômetros até cidades vizinhas para sacar salários e aposentadorias ou fazer
depósitos.
Corte de custo e falta de
segurança
Entre os principais motivos para
o movimento de encolhimento da presença bancária no país está a reestruturação
dos bancos, que entraram na onda de corte de custos e perderam o interesse em
manter agências pouco rentáveis. Em vez de abrir uma agência em cada esquina,
agora os bancos focam seu crescimento na expansão dos canais digitais.
Mas o fechamento de agências
também foi motivado pela ocorrência de assaltos violentos que se propagou
também pelo interior do país. Levantamento da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) mostra que foram ao menos 393 assaltos e tentativas de assaltos no
Brasil em 2015 e 385 em 2014.
Segundo a Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), se forem somados todos os tipos
de ocorrências, incluindo também os arrombamentos, o número de ataques por ano
passou de 3 mil.
Fonte: G1
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