Segundo Cosern, conta de luz ficará 16,66% mais barata no estado (Foto: Andréa Tavares/G1) |
A conta de luz dos potiguares deve ficar
16,66% mais barata em abril. Mas, somente em abril. É preciso ficar atento.
Segundo a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), a redução está
atrelada ao desconto que as distribuidoras de energia elétrica de todo o país
deverão dar aos consumidores após a cobrança indevida de um encargo em 2016. A
redução tarifária, desconsiderando os tributos, será de R$ 6,75 para cada 100
kWh consumido no mês de abril - o que equivale a uma redução média de 16,66 %
para os consumidores residenciais.
Segundo a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), a cobrança irregular se refere a um repasse de
encargo para a usina nuclear de Angra III, que ainda não entrou em operação.
Após o mês de abril, as tarifas vão ser impactadas apenas pelo fim da cobrança
irregular.
Segundo a Cosern, a percepção da
redução tarifária nas faturas dos consumidores se dará de acordo com os ciclos
de leitura e faturamento de cada um, sendo que, em geral, será completada em
dois meses. Por exemplo: um cliente que teve o consumo aferido entre os dias 21
de março e 20 de abril, terá 10 dias com a tarifa vigente em março e 20 dias
com a nova tarifa reduzida. Na conta do mês subsequente, o consumidor perceberá
uma redução proporcional no valor referente aos demais 10 dias de abril com
tarifa ajustada.
Em todo o Brasil, o ressarcimento
será de R$ 900 milhões. O percentual de desconto varia conforme a localidade e
a empresa distribuidora de energia, podendo chegar a 19,5%.
Angra III
No início do mês, a Aneel admitiu
que, por conta de uma falha, os consumidores acabaram pagando R$ 1,8 bilhão a
mais nas contas de luz ao longo de 2016. Nesta terça, entretanto, a agência
informou que o valor cobrado indevidamente deve girar em torno de 50 a 55% do
valor estimado inicialmente.
Essa cobrança extra ocorreu pela
inclusão indevida nas contas de luz de um encargo destinado a remunerar a usina
nuclear de Angra III. Esse encargo, porém, não deveria ter sido cobrado por que
a usina ainda não entrou em operação.
G1/RN
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