Gordura abdominal tem jeito? Especialista mostra como genética, idade e bons hábitos influenciam (Foto: Getty Imagens) |
Toda vez que se perde gordura
corporal, duas coisas acontecem. Primeiro a gordura é mobilizada e liberada da
área, ou seja, ocorre o processo de lipólise. Uma vez liberada a gordura, ela é
removida para a corrente sanguínea onde servirá como fonte de energia para o
funcionamento celular. Em segundo lugar, a gordura já dentro da célula produz
uma molécula vital: o ATP, o combustível celular. Se as células não usarem toda
a gordura que foi liberada para a corrente sanguínea, ela será armazenada novamente
como gordura corporal.
As células do corpo possuem
receptores de hormônios que estimulam a queima de gordura corporal. Esses
hormônios, denominados catecolaminas, possuem uma variedade de funções, sendo
que uma das principais é o estimulo da lipólise. Os receptores para
catecolaminas na superfície das células vêm em duas variedades: receptores alfa
e receptores beta. Os receptores beta funcionam favorecendo a perda de gordura
corporal. Estimulam a lipólise da gordura.
Os receptores alfa não são tão
cooperativos. De fato, quando as catecolaminas se ligam aos receptores alfa,
ele tem o efeito oposto - bloqueiam a mobilização de gordura. Em cada área do
corpo essa quantidade de receptores pode variar, o que pode favorecer o acúmulo
de gordura em determinadas regiões e em outras nem tanto. Geralmente os homens
possuem uma maior proporção de de receptores que estimulam o bloqueio da queima
de gordura na região abdominal.
Existem alguns fatores que
influenciam fortemente esse acúmulo de gordura preferencial na região do
abdômem:
Idade
Com o avançar da idade, os
receptores que dificultam a lipólise aumentam em proporção. A melhor maneira de
modular esse aumento é através da atividade física.
Genética
Algumas pessoas possuem em seus
genes a informação que favorece esse acúmulo. Em um passado remoto, onde se
tinha escassez de alimentos e excesso de atividade física, esses genes podem
ter sido positivos. Com a vida moderna, eles se tornaram desnecessários e hoje,
são chamados de Obesogenes. Alguns exemplos são os genes FTO, MC4R e PPARG,
todos eles contribuem para o aumento do índice de massa corporal e acúmulo de
gordura corporal no abdômen quando alterados em algumas pessoas.
Como favorecer essa queima de
gordura?
O exercício vigoroso liberta mais
hormônios de queima de gordura, como catecolaminas, bem como hormônio do
crescimento para ajudar a mobilizar a gordura corporal teimosa. Em contraste,
moderada intensidade cardiovascular e pesos leves não fornecem o mesmo estímulo
para a perda de gordura da barriga.
Há também mais gasto de energia
pós-exercício com exercício de alta intensidade (HIIT). Um estudo mostrou que o
treinamento do HIIT levou a uma maior perda de gordura subcutânea em relação ao
exercício de intensidade moderada quando ambos os grupos queimaram um número
semelhante de calorias. HIIT também foi associado a uma redução da
circunferência da cintura.
Dieta
O foco em alimentos integrais,
não industrializados, com baixo teor de açúcares a alto teor de fibras também
favorecem fortemente a queima de gordura abdominal.
Fonte: Eu atleta
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