Polícia chega à Penitenciária de Alcaçuz para intervenção (Foto: Fred Carvalho/G1 RN) |
Policiais do Bope, Tropa de
Choque e o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Secretaria de Justiça (Sejuc)
chegaram na manhã desta terça-feira (24) à Penitenciária Estadual de Alcaçuz,
na Grande Natal, para o início de uma revista minuciosa nos pavilhões. O
presídio enfrenta rebeliões desde o sábado (14), quando 26 detentos morreram.
As equipes também vão apoiar a
colocação de um muro de contêineres para separar as duas facções rivais do
presídio. Os policiais chegaram por volta das 7h30 (8h30 horário de Brasília).
Até as 9h, a intervenção ainda não havia começado.
Apesar da presença dos policiais,
os presos continuam soltos nos pavilhões. Durante a manhã, o G1 flagrou mais um
preso foi flagrado pela manhã falando ao celular no telhado.
Em Natal, circulação de ônibus
ainda não foi totalmente retomada após uma série de ataques provocada pelos
confrontos no presídio.
A intervenção foi anunciada nesta
segunda pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do
Norte (Sesed), Caio Bezerra, que também divulgou uma série de medidas urgentes
(veja a lista) para tentar solucionar o problema do presídio.
Questionado se a intervenção irá,
de fato, resolver o problema das armas no presídio. "Sem dúvida nenhuma.
Já tirei vários caminhões com armas brancas, com facões, com lanças".
Alcaçuz fica em Nísia Floresta,
cidade da Grande Natal. Com capacidade para 620 presos, a unidade possui
atualmente 1.150 detentos. A grande maioria dividida em duas facções
criminosas. De um lado o PCC. Do outro, o Sindicato do RN, dissidente da facção
que nasceu nos presídios de São Paulo.
Em Alcaçuz, muro feito de contêineres terá a segunda fileira erguida sobre a base nesta terça (Foto: Ítalo Di Lucena/Inter TV) |
Veja as medidas anunciadas pelo
governo:
- reparos nos pavilhões 2 e 3,
que serão fechados, de modo a trazer todos os presos para eles e deixar
separados os do pavilhão 5;
- colocar cerca externa com
sistema de alarme afastada 50 metros do entorno de Alcaçuz, para ter um perímetro
de segurança para evitar entrada de armas no presídio;
- executar uma obra de eclusas,
portões coordenados, abertos e fechados, para garantir entrada de forças
policiais no pavilhão 5;
- reparar as guaritas
interditadas;
- implantar sistema de videomonitoramento;
- realizar a limpeza da vegetação
no entorno;
- concluir o muro interno que
separa o pavilhão 5 dos demais para manter os grupos rivais afastados;
- realizar o concretamento na
base da murada para dificultar a escavação de túneirs;
- concluir a iluminação externa.
Fonte: G1/RN
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