Tiago Iorc vai tocar no Z Festival, em São Paulo (Foto: Rafael Trindade/Divulgação) |
O brasiliense Tiago Iorczeski
dedilha seu violão em uma carreira solo de altos e baixos desde 2003. Mas no
ano passado e neste, a coisa parece ter mudado de patamar. A culpa é de folks
românticos que fãs novinhos amaram ouvir, como "Coisa linda" e "Eu
amei te ver".
Essas canções são a base do
repertório que Tiago Iorc apresenta no Z Festival. O evento de pop fechado por
Anitta e Demi Lovato tem um cara com discurso e visual de cantor de MPB.
"A música vai para o mundo e toma a proporção que o público define. Eu
quero tocar e estar onde as pessoas querem estar comigo", diz Tiago ao G1.
O cantor de 31 anos fala com
desprendimento da transição de um repertório mais indie e todo em inglês para
algo mais direto e em português. "O primeiro disco era pop e juvenil. Retratou
uma fase particular. O segundo teve uma vontade de introspecção, de buscar
melodias e assuntos mais densos. O terceiro foi um renascimento de uma vontade
com músicas em português, mas em parcerias. E esse último é uma celebração da
língua portuguesa", resume.
Iorc diz ter "vontade de
dialogar entre os universos", em referência a uma sonoridade mais
alternativa e a outra bem mais radiofônica. "Não posso fazer algo de uma
forma muito particular. Quero ser entendível. Eu poderia cantar em uma língua
inventada por mim, ninguém entenderia. Não quero isso", exemplifica.
Articulado, de raciocínio que
concatena assuntos em um primeiro momento sem aqueeeela conexão, o cantor às
vezes faz lembrar um Caetano Veloso mirim. O silêncio entre uma resposta do
lado de lá e uma pergunta do lado de cá parece sempre que vai ser preenchido
por um "Ou não".
Mas botar as canções dele na
seção MPB dos serviços de streaming não vai agradá-lo. "Eu faço músicas
para as pessoas. Isso faz com que seja pop, uma abreviação de popular",
explica. "MPB é um gênero, uma nomenclatura para um momento que existiu.
Minhas referências são de sonoridades que vieram de fora. Mas no fim das contas
tem coisa que me inspirou que foi inspirado em MPB". Ou não.
G1
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