Servidores reunidos na sede do
sindicato na tarde desta quarta-feira, 15 (Foto: Sindserpum /Arquivo pessoal)
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Servidores públicos do município
de Umarizal aprovaram em assembleia na tarde desta quarta-feira, 15, um
indicativo de greve para o próximo dia 04 de julho. Nesta data a categoria se
reunirá para deliberar se iniciam ou não oficialmente a paralisação. A reunião
aconteceu na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais
(Sindiserpum), na rua Olho D’água do Borges. Além da presidente da entidade,
Aucicleide Souza, participou também do ato a vice-presidente da Federação dos
Trabalhadores em Administração Pública do Rio Grande do Norte (Fetam-RN),
Francisca Luzia da Silva.
De acordo com Aucicleide, a
indicativo foi aprovado pelo não cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS) dos servidores e por melhorias no serviço público. “É o que a gente
vem lutando o tempo todo, nossa principal luta. E também por melhorias no
serviço público”, disse a presidente.
Aucicleide disse que a categoria
tentou de todas as formar buscar um acordo com a administração municipal para
evitar o movimento paredista, mas sem sucesso. “O nosso advogado deu todas as
sugestões, ideias de possíveis acordos e em nenhum momento foi acatado. A
proposta dele é que seria só para janeiro, mas pelo nosso entendimento não se
pode deixar dívidas para outras gestões se não sabe que ele [o prefeito] vai
continuar. Diante disso a categoria ficou indignada”, afirmou.
A sindicalista informou que a
categoria já irá começar a preparar as atividades de greve e mobilizar a
categoria para participar dos atos. “Para ver se realmente essa greve vai ter
consistência. Até agora é um indicativo”, explicou.
Juridicamente, o Indicativo de
greve é deflagrado pelos trabalhadores para estabelecer uma data mínima para se
dar inicio a greve. Contudo, esta decisão não é definitiva, podendo ser
alterada conforme a conjuntura que se apresenta para o momento.
Acordos
Em reunião na segunda-feira, o
prefeito Marcos Fernandes (PSD) já afirmou que o município não tem condições
cumprir com o que determina a lei do PCCS. O chefe do executivo umarizalense
alegou as dificuldades financeiras que o município enfrenta. “Se a gente disser
que irá cumprir com o plano amanhã, é trancar a prefeitura e entregar as chaves
porque não tem como nada funcionar”.
Marcos chegou a mostrar planilhas
com a relação dos recursos que são gastos mensalmente para pagar servidores
contratados em áreas como saúde e educação e propôs o pagamento de uma letra da
categoria a partir de janeiro de 2017. O acordo não foi acatado pelo advogado
do sindicato, Liécio Nogueira.
Se deflagrada a greve o prefeito
também já avisou: Não há condições de pagar o que determina o plano e os
servidores vão ficar paralisados até o final do ano. “A gente lamenta muito. É
claro que se tivesses condições, você acha que eu como gestor não iria querer
pagar? Sabendo o prejuízo político que eu vou ter? ”, questionou Marcos na reunião.
Fonte: O Umarizalense
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