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Aedes Aegypt é o mosquito
transmissor da dengue
e do zika (Foto: Prefeitura de
Ji-Paraná/Divulgação)
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Apontada pelo Ministério da Saúde
como 'principal hipótese' para o aumento no número de recém-nascidos com
microcefalia, o zika vírus teve 73 casos confirmados no Rio Grande do Norte até
o dia 7 de novembro. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (18) pela
Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), que nesta terça-feira (17) contabilizou
que 47 bebês nasceram com a condição rara de ter o crânio do tamanho menor que
o normal.
Apesar dos 73 casos confirmados,
a Sesap recebeu 6.261 notificações de pacientes com sintomas do zika vírus. Os
municípios com maior número de casos foram Natal (22), Parnamirim (14) e
Guamaré (10).
Além dos dados sobre o zika
vírus, a Sesap também atualizou os números da dengue. Até 7 de novembro foram
confirmados 5.528 casos dos 26.577 suspeitos. Quanto à dengue, o último boletim
epidemiológico mostra que em relação ao ano passado, no mesmo período, houve um
aumento de 116,3% no número de casos notificados.
Atualmente 95 municípios do RN
apresentam alta incidência da dengue, 30 estão com incidência média, 30 com
baixa e 12 com incidência silenciosa, ou seja, não notificaram nenhum caso
suspeito de dengue.
Cuidados
O Programa Estadual de Controle
da Dengue alerta para a importância de se intensificar os cuidados básicos para
evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor tanto da dengue,
quanto do Zika vírus. Entre os cuidados principais estão: não acumular lixo em
locais inapropriados e manter a lixeira fechada, manter as caixas d’água e
outros recipientes de armazenamento de água fechados, não deixar água acumulada
sobre a laje ou calhas, colocar areia nos vasos das plantas, entre outras.
Protocolo
Os casos suspeitos de
microcefalia se caracterizam por recém-nascidos que apresentam o perímetro da
cabeça igual ou menor de 33 centímetros. A Secretária Estadual de Saúde lançou
um protocolo padrão, com orientações para a notificação dos casos, além de um portal
onde as unidades de saúde enviam os dados.
Além do Hospital Oswaldo Cruz e
do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), o Centro
Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e a Associação de Assistência à
Criança Deficiente (AACD) foram definidas como unidades de referência e para o
atendimento dos bebês e das mães. O estado ainda definirá centros de referência
para as notificações do interior.
Já a investigação epidemiológica
dos casos está sendo feita em parceria com o Ministério Público e quatro
instituições de pesquisa: Fiocruz, Imip, UFPE e Universidade de São Paulo
(USP). Todas trabalham em conjunto para tentar identificar as possíveis causas
do crescimento vertiginoso dos casos de microcefalia na região.
Fonte: G1 RN
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