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11 de novembro de 2015

Após seis dias da tragédia em MG, silêncio das empresas persiste




RIO — Prestes a completar uma semana, a tragédia ocorrida em Minas Gerais, na quinta-feira passada, com o rompimento de duas barragens de rejeitos de minério, em Mariana, já conta com seis mortes, mas ainda aguarda respostas concretas por parte das empresas responsáveis. Procurada pelo GLOBO, a Vale, uma das donas da Samarco, informou que a empresa responsável pelas barragens possui sua própria administração. A reportagem não conseguiu localizar representantes da mineradora anglo-australiana BHP Billiton, também acionária da empresa, para comentar a questão.

Já a Samarco divulgou um boletim nesta terça-feira. A empresa informou que 626 pessoas já foram alocadas em hotéis e pousadas da região de Mariana, e que sete helicópteros estão disponíveis para resgate. Além disso, foram entregues 600 kits de emergência, 3.800 lanches e refeições. A mineradora diz também que cerca de 300 profissionais, como psicólogos e assistentes sociais, auxiliam as autoridades no atendimento às comunidades impactadas. A Samarco disse, também, que o serviço de limpeza do município e a abertura da estrada foram iniciados com o apoio de caminhões, fornecidos pela empresa.

FALTA DE INFORMAÇÕES
Apesar dos contatos da reportagem, a Samarco deixou algumas perguntas sem respostas. Entre elas, não informou se há uma central de controle de informações sobre o desastre; o que dizia o plano de emergência para as barragens que se romperam, e se já decidiu rever algum ponto após o acidente; se a lama que atingiu os locais será retirada, notadamente em Bento Rodrigues, e em quanto tempo; se essa ação está prevista no plano de recuperação em caso de desastres; ou mesmo se a empresa irá recuperar, e em quanto tempo, o Rio Doce da contaminação.

Nesta terça-feira, cerca de 30 manifestantes da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel-MG) ocuparam o escritório da Samarco, em Savassi, Belo Horizonte. Com cartazes de “Samarco assassina” e megafone, eles acusavam a empresa de ser a responsável pelas mortes em Mariana e de demitir empregados terceirizados. Em nota, a Samarco disse apenas que concedeu licença remunerada a seus “colaboradores não diretamente envolvidos nas atividades relacionadas ao acidente”.

Aliados de Dilma Rousseff estão incomodados pela presidente não ter ido a Mariana para sobrevoar a área atingida pela tragédia. Não há previsão oficial para que ela visite a região. Porém, diante das críticas, vem sendo negociada, internamente, uma ida de Dilma a Minas no próximo fim de semana.



Fonte: O Globo 

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