Tendência

1 de outubro de 2015

Popularidade de Dilma fica inalterada no Ibope


O número de brasileiros que considera o governo Dilma Rousseff ótimo ou bom foi de 10% em setembro, praticamente igual aos 9% registrados em junho. Os que avaliam o governo como ruim ou péssimo oscilou de 68% para 69%. “A popularidade da presidente Dilma manteve-se inalterada entre junho e setembro”, observa a pesquisa CNI-Ibope, divulgada ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).  Os indicadores do levantamento ficaram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, avalia os resultados da pesquisa.

O percentual de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo é o maior registrado nos 27 anos da pesquisa CNI-Ibope. A avaliação dos dados revela que a queda na popularidade enfrentada por Dilma Rousseff neste início do segundo mandato é maior do que a registrada pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

“Perder popularidade no início do segundo mandato não é novidade. Mas a perda da presidente Dilma foi mais intensa”, observa o levantamento. Em dezembro de 2014, último mês do primeiro mandato, 40% da população considerava o governo Dilma ótimo ou bom. O número caiu para 10% agora em setembro de 2015, similar ao verificado no fim do governo de José Sarney, em 1989. No início do segundo mandato de Fernando Henrique, o número dos que avaliavam o governo como ótimo ou bom diminuiu de quase 40% para 16%. No caso de Lula, o percentual recuou de 57% para cerca de 50%.

A pesquisa de setembro revela ainda que 82% da população desaprovam a maneira de governar e que 77% não confiam na presidente Dilma. Mas a popularidade melhorou um pouco entre as pessoas com mais de 55 anos de idade. Nessa camada da população, o percentual dos que aprovam a maneira de governar da presidente subiu de 20% em junho para 24% em setembro, e o número dos que desaprovam caiu de 75% para 70%.

A popularidade da presidente também melhorou nas periferias das capitais. Nesses locais, o percentual dos que confiam na presidente aumentou de 13% em junho para 20% em setembro, e os que avaliam o governo como ótimo ou bom subiu de 6% para 10%.

Realizada entre 18 e 21 deste mês, após o anúncio pela equipe econômica da tentativa de recriação da CPMF, a pesquisa mostra que a maior desaprovação do governo continua relacionada aos impostos cobrados no País. De acordo com os resultados, 90% desaprovam a carga tributária, enquanto apenas 7% a aprovam. Os valores se repetem há três pesquisas, desde março deste ano. Na sequência, 89% dos entrevistados desaprovam a taxa de juros, que tem apenas 6% de aprovação. Saúde (84%), combates à inflação e ao desemprego (83%) e segurança pública (82%) aparecem em seguida como áreas de atuação do governo com maior índice de desaprovação.

Mesmo tendo ampliado as oportunidades para o ingresso de pessoas de baixa renda nas universidades públicas e de ter criado centenas de novos centros de educação tecnológica e de programas de qualificação profissional como o Pronatec, 73% desaprovam as ações do governo na área de educação

A pesquisa mostra ainda que a parcela dos entrevistados que percebe o noticiário mais desfavorável ao governo oscilou de 64% para 66%, enquanto aqueles que vêm o noticiário mais favorável foi de 8% para 9%. O porcentual dos que enxergam o noticiário nem favorável nem desfavorável ao governo caiu de 17% para 14%.

As notícias sobre o governo mais lembradas pela população são aquelas relacionadas à Operação Lava Jato, citada por 13% dos entrevistados. Em segundo lugar, 8% citaram a volta da CPMF. Notícias sobre aumento de impostos e sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma foram lembradas por 7% dos ouvidos.

Segundo o levantamento, 4% citaram notícias sobre corrupção no governo, sem especificar casos, mesmo porcentual dos que lembraram de reportagens sobre manifestações contra a corrupção. O noticiário sobre a inflação e o aumento dos preços também foi citado por 4% dos entrevistados.


A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro máxima é de 2 ponto porcentuais e o grau de confiança da pesquisa é de 95%. Como das vezes anteriores, o Palácio do Planalto não comentou os números da pesquisa do Ibope, divulgados ontem.


Tribuna do Norte

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