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Foto: Divulgação |
Greve a
partir da próxima terça-feira (6). Essa foi a resposta que os bancários de
Mossoró e Região, bem como de todo o Brasil decidiram dar para a proposta desrespeitosa
apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última sexta-feira
(25). A categoria ainda fará novas assembleias na próxima segunda-feira (5),
para organizar o movimento.
O Comando
Nacional dos Bancários orientou pela rejeição das propostas dos bancos por
considerá-las desrespeitosas. A Fenaban propõe reajuste de 5,5% no salário,
também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$
2.500,00, durante a rodada de negociação da última sexta-feira (25), em São
Paulo. O reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto
deste ano.
Classificamos
como desrespeitosa e oportunista a atitude dos bancos. Justamente o setor que
mais tem lucro no Brasil apresentou a pior propostas que os trabalhadores poderiam
receber. A resposta dos bancários não poderia ser outra senão greve. Exploração
não tem perdão.
Lembramos
que os 5 maiores bancos do País lucraram 36 bilhões no primeiro semestre, um
crescimento de 27%, em relação ao ano passado. Aí chega na hora de negociar,
eles desrespeitam todas as nossas reivindicações, como as de saúde, segurança e
condições de trabalho. É uma proposta vergonhosa. A categoria bancária tem de
ser respeitada, valorizada, pois são os responsáveis pelos lucros. Temos
condição de fazermos uma greve muito forte para mostrar a reprovação dos
trabalhadores com a proposta dos bancos.
Os
funcionários dos bancos públicos além de rejeitarem a proposta da Fenaban,
repudiaram também a falta de propostas das instituições para as pautas de reivindicações
específicas.
Na última
quarta-feira (30), foi enviado ofício à Fenaban para informar que o Comando
Nacional dos Bancários estará reunido, em São Paulo, nesta sexta-feira (2). O
documento reafirmou a disposição de retomada das negociações para uma proposta
global de resolução da Campanha Nacional 2015 “que contemple o reajuste do
salário dos bancários pela inflação do período, acrescido de um ganho real que
valorize os trabalhadores”.
Proposta dos
bancos
Reajuste de
5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).
Piso
portaria após 90 dias – R$ 1.321,26.
Piso
escritório após 90 dias – R$ 1.895,25.
Piso
caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais
outras verbas de caixa).
PLR regra
básica – 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total
ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$
22.884,87.
PLR parcela
adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a
R$ 3.878,16.
Antecipação
da PLR
Primeira
parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva.
Pagamento final até 01/03/2016.
Regra básica
– 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de
12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
Parcela
adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$
1.939,08.
Auxílio-refeição
– R$ 27,43.
Auxílio-cesta
alimentação e 13ª cesta – R$ 454,87.
Auxílio-creche/babá
(filhos até 71 meses) – R$ 378,56.
Auxílio-creche/babá
(filhos até 83 meses) – R$ 323,84.
Gratificação
de compensador de cheques – R$ 147,11.
Requalificação
profissional – R$ 1.294,49.
Auxílio-funeral
– R$ 868,58.
Indenização
por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 129.522,56
Ajuda
deslocamento noturno – R$ 90,67.
As
reivindicações da categoria, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários,
são muito diferentes da proposta dos bancos. Confira:
Reajuste
salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3
salários mais R$7.246,82
Piso:
R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho
último).
Vales
alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para
cada (salário mínimo nacional).
Melhores
condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que
adoecem os bancários.
Emprego: fim
das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às
terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal,
além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de
Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação:
pagamento para graduação e pós.
Prevenção
contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas
agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de
portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de
autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das
agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de
oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de
mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Sindicatos do Bancários de Mossoró e Região
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