BARCELONA - A Samsung apresentou
neste domingo a atualização da sua linha de smartphones top de linha. Durante o
Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, a fabricante revelou o Galaxy S7 e o
Galaxy S7 Edge. Os aparelhos são quase idênticos aos modelos do ano passado. As
principais novidades ficaram por conta da bateria, que a empresa promete ser de
duração maior, e do retorno de recursos conhecidos dos fãs da marca, que haviam
ficado de lado na linha S6: memória expansível por cartão SD e resistência à
água.
As escolhas da Samsung para os
novos aparelhos foram avaliadas pela imprensa especializada como uma “volta às
raízes”, no mais novo esforço da coreana para concorrer com a rival Apple e as
fabricantes chinesas, cada vez mais presentes no mercado mobile. O site
Techcrunch classificou os lançamentos como “retrô”. Já o The Verge destacou que
a atualização traz refinamentos para uma linha com “design consagrado”.
O Galaxy S7 tem tela de 5,1
polegadas, mesmo tamanho de seu antecessor. Já o Galaxy S7 Edge ficou maior, e
agora apresenta tela de 5,5 polegadas. Os dois contam com 4 GB de memória RAM,
câmera traseira de 12 MP e frontal, para selfies, de 5 MP. Eles chegam ao
mercado no dia 11 de março.
Os aparelhos também trazem uma
combinação de melhorias de hardware e software para atender a uma demanda
constante de usuários de smartphones: autonomia de bateria. Um dos truques para
isso é o novo recurso Always On, que permite que o sistema exiba a hora e
notificações em um modo de economia de energia, a exemplo do que ocorre em
concorrentes como o LG G e o Moto X.
Em relação às especificações,
ambos trazem baterias com maior capacidade. O S7 tem bateria de 3.000 mAh,
contra os 2.550 mAh do S6. Já o S7 Edge tem capacidade de 3.600 mAh, bem maior
que os 2.600 mAh que equipam o S6 Edge.
— Um aspecto muito importante de
usar seu telefone ao longo de um dia inteiro é o desempenho da bateria. Este
telefone é mais poderoso que qualquer telefone que já lançamos, mas também tem
software otimizado que reduzirá o consumo de bateria — prometeu Jean-Daniel
Ayme, vice-presidente de operações na Europa da Samsung, em entrevista a
jornalistas.
Embora tenha sido elogiado por
parte da mídia especializada, a linha S7 foi criticada por alguns analistas
pela falta de inovação. Analistas ouvidos pelo “Wall Street Journal” destacaram
que as novidades estão se esgotando no segmento premium, o que é um problema
para a Samsung, já que 70% da receita da companhia vem de seus top de linha.
— Não acho que eles estejam
felizes com isso, mas não há que possam fazer. O crescimento no mercado de
smartphones está morto, e ninguém está livre dessa tendência: Apple, Samsung,
LG e até as chinesas — avaliou Daniel Kim, analista da Macquarie Securities em
Seul.
O Globo
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