SÃO PAULO - A Escola Estadual
Professora Lourdes Maria Camargo, em São José dos Campos (SP), suspendeu cinco
alunos acusados de espancar um outro estudante na porta do colégio, motivados
por homofobia. Segundo a Secretaria de Educação de São Paulo, a direção da
unidade de ensino também já entrou em contato com os responsáveis pelos
agressores. Além disso, o caso foi registrado na Polícia Militar, e a escola se
pôs à disposição para ajudar nas investigações.
De acordo com a vítima do
espancamento, o aluno Lucas Salvattore, de 18 anos, os estudantes acusados já
vinham o agredindo verbalmente dentro da escola. Em um texto publicado no
Facebook neste domingo, ele conta que a direção chegou a trocá-lo de turma, mas
isso não pôs fim à perseguição. Segundo o post, no último dia 22 de fevereiro,
ele foi agredido com pauladas na cabeça pelos colegas, na porta da escola.
Lucas publicou uma foto da cabeça com os ferimentos deixados pela violência.
O post já teve mais de 3,5 mil
compartilhamentos, e o aluno recebeu centenas de mensagens de apoio.
"Desde o primeiro dia de aula eu tinha virado "Chacotinha",
comuniquei a direção da escola e como o 'PROBLEMA ERA EU POR SER GAY'. A
Diretora Da Noite Me Mudou De Sala!", escreveu ele, antes de concluir sua
denúncia agradecendo a Deus por estar vivo e dizendo que "Deus nunca irá
me deixar de lado por eu ser gay!".
A denúncia sobre o ataque ocorre
duas semanas após entrar em vigor uma lei federal que obriga escolas e clubes a
adotarem medidas de prevenção e combate contra o bullying. Aprovada pelo
Congresso em novembro do ano passado, o texto da lei nº 13.185 define bullying
como a prática de atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e
repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com o
objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima.
O projeto determina que sejam
tomadas medidas para a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para
implementar ações de prevenção e solução dos casos, assim como a orientação de
pais e familiares para identificar vítimas e agressores.
Em nota, a Secretaria de Educação
de São Paulo repudia qualquer ato de violência e mantém medidas constantes para
combater esse tipo de situação.
Fonte: O Globo
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