(Foto: EDUARDO BRESCIANI E EDUARDO BARRETTO) |
BRASÍLIA — Dois mil manifestantes
favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo a Polícia
Militar do Distrito Federal, fazem um protesto na entrada do Palácio do
Planalto contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o
ministério da Casa Civil. Os organizadores estimam em 2,5 mil pessoas. A via em
frente ao Planalto está parcialmente interditada. A PM chegou a usar
lacrimogêneo para dispersar um início de discussão com grupo pró-Lula, que
também está no local.
Cerca de 30 parlamentares
participaram do início da manifestação. Eles carregavam uma faixa com uma frase
dita pelo próprio Lula em 1988: “Quando um pobre rouba, vai para a cadeia; mas
quando um rico rouba, ele vira ministro”. Eles tentaram entrar no Palácio do Planalto
e houve um princípio de tumulto com seguranças. Após alguns minutos com os
parlamentares espremidos contra a grade colocada no local, permitiu-se que eles
entrassem e deixassem a faixa na guarita de acesso. Parte da imprensa que
acompanhava o protesto, porém, foi barrada pelos seguranças.
O líder do DEM, Pauderney Avelino
(PA), tratou a nomeação de Lula como um “escárnio”, pelo fato de ele ser
investigado na Operação Lava-Jato. Com a posse, o processo de Lula sairá das
mãos do juiz Sérgio Moro e subirá para o Supremo Tribunal Federal (STF).
— É um escárnio, um tapa na cara
do povo. E aqui a segurança terá que ser reforçada agora com o Lula — ironizou
Pauderney.
Além dos deputados, um grupo que
se organizou a manifestação pelas redes sociais também protesta em frente ao
Planalto. Uma das faixas pede que os motoristas que passam pelo local buzinem
se concordam que Lula seja preso. Vários tem buzinado.
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS)
foi hostilizado e teve que deixar a manifestação.
— Eles acham que eu sou contra o
impeachment. Mas até nas insurreição existem pessoas estúpidas e burras —
afirmou Marun.
Três faixas de trânsito estão
bloqueadas. Um grupo pequeno manifesta-se a favor de Dilma e Lula. A polícia
isola os grupos contrários. Os principais gritos são contra o ex-presidente e
agora ministro da Casa Civil.
A segurança da parte de frente do
Planalto foi reforçada por homens do Batalhão da Guarda Presidencial, do
Exército. O efetivo de seguranças civis também foi aumentado.
Fonte: O Globo
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