Ciro Gomes fez campanha em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1) |
O candidato do PDT à Presidência da
República, Ciro Gomes, criticou nesta terça-feira (28) a intervenção federal na
segurança pública do Rio de Janeiro e disse que a medida é “demagogia dos
irresponsáveis do governo de Brasília”.
Como parte da sua agenda de
campanha, o presidenciável fez uma caminhada na praça do Rodo de São Gonçalo,
no centro de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.
"A intervenção federal já
fez tombar três jovens militares, que não são treinados para esse tipo de
serviço, só para fazer demagogia dos irresponsáveis do governo de Brasília, em
especial do senhor Michael Temer e seu bando", disse Ciro.
Desde o início da intervenção, em
fevereiro deste ano, três militares foram mortos. Eles foram atingidos na
semana passada durante operação nos conjuntos de favela da Zona Norte do Rio. A
ação aconteceu nos complexos do Alemão, da Penha e da Maré.
Ciro afirmou que, se eleito,
pretende investir em inteligência e tecnologia para equipar as polícias
Federal, Civil e Militar, além das Forças Armadas, e indicou que não dará
prosseguimento à intervenção federal no Rio.
Pelo decreto assinado em
fevereiro pelo presidente Michel Temer, a intervenção vai vigorar até 31 de
dezembro.
A medida foi tomada em uma
tentativa de conter a escalada da violência no Rio de Janeiro. Na época,
adversários de Temer o acusaram de tentar desviar o foco da falta de apoio
político no Congresso Nacional para votar a Reforma da Previdência.
Com a intervenção, a segurança
pública no estado passou a ser comandada pelo governo federal. O interventor
escolhido foi o general do Exército Walter Braga Netto.
Na sexta-feira (24), o comandante
do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que “aparentemente” os
militares são os únicos a se engajar na intervenção e criticou a falta de ações
do poder civil no combate à violência.
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Sistema penitenciário
Ciro Gomes voltou a dizer que irá
colocar os chefes das facções em presídios federais. "Vamos agir para
cortar os cabeças, que vão ser tratados como assunto federal. Vamos unificar a
inteligência das polícias civil, militar e federal. Vamos liberar o efetivo da
PF, que hoje está trabalhos administrativos e assim duplicar o patrulhamento
nas ruas", disse o candidato.
Educação
O candidato também comentou sobre
suas propostas na área de educação. Ele disse que estuda um meio de garantir
que os jovens de 11 a 19 anos tenham escola integral profissionalizante, com
atividades de cultura, laboratório, ciências, tecnologia, assistência médica e
odontológica e estágio remunerado em uma empresa após os estudos.
"Isso é possível no Brasil.
No Ceará, que é um estado pobre, uma escada três escolas já é assim",
afirmou.
Petróleo
Após uma breve caminhada pelo
calçadão da Praça do Rodo, Ciro discursou aos eleitores prometendo investir na
indústria de petróleo e gás e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj), a fim de incentivar a geração de empregos.
"O Rio não tem jeito se não
fizer uma parceria com o governo federal. Vamos recuperar as indústrias naval e
de petróleo e gás e, com os royalties e os impostos, vamos recuperar a
economia. Golpistas, salafrários, incompetentes e corruptos entregaram nossa
riquezas para os estrangeiros. Este é um país rico com o povo pobre. Mas
estamos aqui para mudar isso. Difícil é governar um estado pobre e seco como o
Ceará. Vamos mudar isso", disse o candidato.
G1
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