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28 de agosto de 2018

Ciro diz que intervenção na segurança do Rio é 'demagogia dos irresponsáveis' de Brasília

Ciro Gomes fez campanha em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)


O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou nesta terça-feira (28) a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro e disse que a medida é “demagogia dos irresponsáveis do governo de Brasília”.

Como parte da sua agenda de campanha, o presidenciável fez uma caminhada na praça do Rodo de São Gonçalo, no centro de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.

"A intervenção federal já fez tombar três jovens militares, que não são treinados para esse tipo de serviço, só para fazer demagogia dos irresponsáveis do governo de Brasília, em especial do senhor Michael Temer e seu bando", disse Ciro.

Desde o início da intervenção, em fevereiro deste ano, três militares foram mortos. Eles foram atingidos na semana passada durante operação nos conjuntos de favela da Zona Norte do Rio. A ação aconteceu nos complexos do Alemão, da Penha e da Maré.

Ciro afirmou que, se eleito, pretende investir em inteligência e tecnologia para equipar as polícias Federal, Civil e Militar, além das Forças Armadas, e indicou que não dará prosseguimento à intervenção federal no Rio.

Pelo decreto assinado em fevereiro pelo presidente Michel Temer, a intervenção vai vigorar até 31 de dezembro.

A medida foi tomada em uma tentativa de conter a escalada da violência no Rio de Janeiro. Na época, adversários de Temer o acusaram de tentar desviar o foco da falta de apoio político no Congresso Nacional para votar a Reforma da Previdência.

Com a intervenção, a segurança pública no estado passou a ser comandada pelo governo federal. O interventor escolhido foi o general do Exército Walter Braga Netto.

Na sexta-feira (24), o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que “aparentemente” os militares são os únicos a se engajar na intervenção e criticou a falta de ações do poder civil no combate à violência.

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Sistema penitenciário
Ciro Gomes voltou a dizer que irá colocar os chefes das facções em presídios federais. "Vamos agir para cortar os cabeças, que vão ser tratados como assunto federal. Vamos unificar a inteligência das polícias civil, militar e federal. Vamos liberar o efetivo da PF, que hoje está trabalhos administrativos e assim duplicar o patrulhamento nas ruas", disse o candidato.

Educação
O candidato também comentou sobre suas propostas na área de educação. Ele disse que estuda um meio de garantir que os jovens de 11 a 19 anos tenham escola integral profissionalizante, com atividades de cultura, laboratório, ciências, tecnologia, assistência médica e odontológica e estágio remunerado em uma empresa após os estudos.

"Isso é possível no Brasil. No Ceará, que é um estado pobre, uma escada três escolas já é assim", afirmou.

Petróleo
Após uma breve caminhada pelo calçadão da Praça do Rodo, Ciro discursou aos eleitores prometendo investir na indústria de petróleo e gás e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a fim de incentivar a geração de empregos.

"O Rio não tem jeito se não fizer uma parceria com o governo federal. Vamos recuperar as indústrias naval e de petróleo e gás e, com os royalties e os impostos, vamos recuperar a economia. Golpistas, salafrários, incompetentes e corruptos entregaram nossa riquezas para os estrangeiros. Este é um país rico com o povo pobre. Mas estamos aqui para mudar isso. Difícil é governar um estado pobre e seco como o Ceará. Vamos mudar isso", disse o candidato.


G1

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