Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (Foto: Arthur Barbalho) |
Os policiais e bombeiros
militares do Rio Grande do Norte seguem com o protesto de não ir às ruas por falta
de salários e condições de trabalho. A informação é da Associação dos
Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares (ASSPMBMRN).
De acordo com o subtenente Eliabe
Marques, presidente da ASSPMBMRN, apesar de o comando-geral da Polícia Militar
ter divulgado que 42 viaturas estão rodando na Grande Natal, ele não percebe
essa movimentação de retorno dos policiais. "As condições de trabalho não
melhoraram. O comando disse, mas o que a gente percebe conversando com os
colegas não é essa realidade", afirma Marques.
Ainda segundo ele, mesmo diante
da possibilidade de prisão dos PMs e bombeiros, o protesto está mantido. Nesta
quarta-feira (3), às 14h, a associação vai reunir a categoria para discutir os
rumos da movimentação. "O objetivo é trazer a categoria para discutir e
fortalecer a luta contra a falta de condições de trabalho", complementa
Eliabe Marques.
"A tendência é
que os militares se entreguem na quinta-feira (4) para receberem voz de prisão
do comandante. Não é isso que determina a decisão?"
PMs estão aquartelados há duas semanas (Foto: Polícia Militar/Divulgação) |
Crise na segurança
Com salários atrasados, o estado
enfrenta paralisações da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia
Civil. Eles pedem regularização dos salários atrasados e melhores condições de
trabalho. Desde a terça-feira (19), PMs se negam a sair dos batalhões da
capital e do interior e policiais civis trabalham em regime de plantão. Setenta
homens e mulheres da Força Nacional foram acionados para fazer patrulhamento na
capital.
A Justiça considerou a
paralisação ilegal, mas, na ocasião, a PM decidiu manter a posição de não ir às
ruas.
Polícia Civil
Em assembleia realizada na tarde
desta terça-feira (2), os policiais civis decidiram permanecer trabalhando em
regime de plantão, mesmo diante da possibilidade de serem presos. Ele vão se
apresentar na sede da Polícia Civil, em Natal, na manhã desta quarta-feira (3)
a partir das 8h, onde farão uma nova assembleia para definir os rumos do
movimento.
O Sindicato dos Policiais Civis e
Servidores da Segurança (Sinpol) disse também que ainda não foi notificado da
determinação judicial sobre possíveis prisões de policiais.
Ajuda financeira
O próprio governador anunciou nas
redes sociais - no dia 21 de dezembro - que o RN receberia R$ 600 milhões do
governo federal e divulgou caledário de pagamento dos salários de novembro,
dezembro e 13º. Mas o Ministério da Fazenda negou o repasse após recomendação
do Ministério Público de Contas. O estado recorreu da decisão
administrativamente.
No dia 26 de dezembro, a
secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou que está em estudo
no Ministério da Fazenda e no Banco Mundial um plano para ajudar o Rio Grande
do Norte. Segundo ela, a ajuda não envolverá recursos da União, mas, sim, um
empréstimo do Banco Mundial ao estado. Até o momento nada foi acordado.
Desde a sexta-feira (29), o
Exército Brasileiro realiza o patrulhamento nas ruas de Natal. O governador
Robinson Faria passou o controle da Segurança Pública do estado para os
militares através de decreto.
Fonte: G1/RN
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